
Entenda como o profissional de enfermagem é fundamental no monitoramento remoto de pacientes.
Segundo Wanda Aguiar Horta, a enfermagem “é a ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente desta assistência através da educação em saúde, de recuperar, manter e promover saúde, contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais.”
Em uma equipe multidisciplinar, o enfermeiro é o profissional mais apropriado a assumir a coordenação do planejamento dos cuidados do paciente por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE).
A SAE é composta de 5 etapas que começa pela coleta do Histórico de Enfermagem onde são coletadas informações biopsicossociais do paciente no processo saúde e doença.
Após análise dos dados coletados no Histórico são realizados os Diagnósticos de Enfermagem, que devem ser registrados em um prontuário eletrônico (PEP), pois é a partir deles que a terceira etapa da SAE, o Planejamento de Enfermagem, é decidido e as metas de saúde do paciente são traçadas.
Na próxima etapa é realizada a execução do Planejamento de Enfermagem, quando são realizadas ações educativas e intervenções que levam às mudanças objetivas.
Finalmente, o paciente será avaliado com base no acompanhamento da evolução do estado de saúde, e, se necessário, o Planejamento de Enfermagem pode ser revisto para adequação ao estado de saúde do paciente.
Como funciona o monitoramento remoto de pacientes por enfermeiros?
Por meio de recursos tecnológicos como aplicativos de saúde e dispositivos médicos conectados por Bluetooth, pacientes realizam medições e aferições de dados clínicos como pressão arterial ou glicemia, por exemplo. Tais informações são armazenados em nuvem, computadas e disponibilizadas a uma Central de Monitoramento. Os dados clínicos serão acompanhados, em tempo real, o que permite a equipe monitorar o paciente de forma individualizada e agir de imediato nos alertas gerados.
Na prática, o enfermeiro também aplica a SAE durante o monitoramento remoto pois analisa os dados do paciente e realiza ações educativas para melhorar o entendimento do paciente sobre o que pode levar às descompensações em sua saúde, e o incentiva a buscar hábitos mais adequados, de acordo com suas possibilidades e compreensão, tornando-o o principal responsável pelos cuidados com a saúde.
Com a educação em saúde e o maior entendimento por parte do paciente sobre a prevenção de complicações, percebe-se que o engajamento ao plano de cuidados, tratamento medicamentoso e mudanças de hábitos nocivos cresce nos pacientes quando eles se sentem empoderados.
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Parecer do Coren SP sobre a SAE
I – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença.
II – Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados.
III – Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem.
IV – Implementação – realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem.
V – Avaliação de Enfermagem – processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem.
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