
Conheça experiências positivas realizadas na Europa e nos EUA.
Avaliação à distância de pacientes com queimaduras leva a redução de custos
Um estudo americano mostrou que a telemedicina permite a avaliação precisa de pacientes com queimaduras agudas. Pesquisadores de um centro especializado constataram a eficácia após atuarem por meio de uma rede de Telemedicina interligados a três hospitais. De uma população de 98 pacientes queimados, 70 foram avaliados via Telemedicina (grupo fonte) e 28 via método convencional (grupo controle). Do grupo fonte, somente 31 precisaram ser transportados para o tratamento de emergência, isso correspondeu a 44,3% dos casos. Enquanto que no grupo controle, 100% dos pacientes tiveram que ser transferidos ao Centro Especializado. As estimativas de tamanho de queimaduras feitas pelos médicos do centro de referência, não apresentaram divergências nos dois grupos. Além de agilizar o primeiro atendimento, a Telemedicina levou à redução de custos com o transporte (rodoviário e aéreo) de pacientes, especialmente de comunidades rurais. O trabalho está publicado na PubMed.
Êxito em diagnóstico e tratamento de feridas via telemedicina
Na Califórnia (EUA), 120 pacientes de 32 a 86 anos (média de 68 anos) com feridas problemáticas, não cicatrizantes, foram diagnosticados com êxito via telemedicina, conforme publicado pelo site Medscape. Após a consulta a distância, um enfermeiro fotografou as lesões e os doentes foram avaliados por especialista. Em apenas dois casos (1,67%), depois de realizado o exame físico, o cirurgião alterou o diagnóstico dado via telemedicina e o plano de manejo. A precisão de uma consulta de telemedicina (alta sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo e intervalo de confiança superior a 95%) está próxima do “padrão-ouro”, encontrando diretrizes para o padrão de atendimento em termos de exatidão dos testes diagnósticos.
Tratamento móvel para AVC: agilidade e custo menor
Uma unidade de tratamento de acidente vascular cerebral equipada com scanner de tomografia computadorizada (CT) e equipamentos portáteis de laboratório – com capacidade de telemedicina – reduziu 38,5 minutos do tempo típico de uma chamada de AVC para trombólise, além da redução de custos, diz estudo feito em Cleveland (EUA).
Teledermatologia: fotografia, protocolo rigoroso e transmissão segura de dados
Estratégias de telemedicina se revelaram eficazes no tratamento de feridas graves. Uma publicação do jornal australiano Wound Pratice and Research mostrou que pacientes com lesões de membros inferiores — residentes em zona rural ou tratados em domicílio — receberam os cuidados corretos após uma consulta presencial e acompanhamento via telemedicina. A avaliação de imagens digitais por especialistas reduziu em 1/3 o deslocamento para consultas e viabilizou a monitoração do manuseio das feridas.
Acompanhamento via Telemedicina facilita a continuidade de tratamentos
Publicação do ResearchGate apontou benefícios do uso da Telemedicina nos EUA, no que se refere ao atendimento de portadores de feridas crônicas. A aplicação da técnica mostrou especial potencial de reabilitação médica no tratamento de lesões por pressão em pacientes com lesões da medula espinhal. A maioria das imagens (89%) possuíam qualidade suficiente para permitir a avaliação pelo especialista. Com o uso de tecnologia remota de vídeo, os custos médios totais dos cuidados foram de US$ 1948 na intervenção do Grupo Fonte (pacientes com acesso a um sistema de vídeo remoto com interação em tempo real) e US$ 2674 para o Grupo Controle (pacientes que recebiam visita domiciliar presencial da equipe).Os cuidados a distância facilitaram a continuidade do tratamento e resultaram em economia de custos, por evitar o deslocamento de pacientes.
Redução na fila de espera para consultas dermatológicas
Pacientes com lesões cutâneas virais e acne de San Joaquin, na Califórnia, foram beneficiados com tratamento dermatológico a distância, graças à telemedicina. O estudo completo sobre o papel da teledermatologia em populações com dificuldade de atendimento, por falta de especialistas, foi publicado na revista JAMA Dermatol, em maio do ano passado e demonstrou uma redução de 90% na fila de espera para consultas dermatológicas.
Outro estudo publicado pela mesma revista, comparou consultas feitas por teledermatologia em plataforma store-and-foward e consultas pelo método tradicional com a presença do especialista. Em casos de lesões melanocíticas malignas, a teledermatologia obteve 100% de sensibilidade e 97% de especificidade, e em casos de lesões malignas não melanocíticas a mesma tecnologia alcançou 97% de sensibilidade e 92% de especificidade. Ambas as análises foram utilizadas tanto imagens clínicas quanto dermatológicas.
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Todos esses estudos foram publicados e encontram-se disponíveis na íntegra no site da Medscape, Pub Med e ResearchGate.